TVI-online: a saga…

Analisar a TVI online passou, desde há cerca de um mês para cá, a ser a minha MISSSÃO (impossível).
O que parecia tão simples, tornou-se dificilmente alcançável, para uma mera aluna do 2º ano de Jornalismo e Ciências da Comunicação.

O 1º passo seria saber quem dirigia e quem trabalhava na TVI online. Estava ao alcance de qualquer um, todos os sites têm uma ficha técnica. É praticamente um símbolo de credibilidade. Ora, esse seria o primeiro entrave para o cumprimento da minha missão. A saga estava prestes a começar! A TVI online tem, como todos os sites, na parte inferior, uma série de links que dão acesso a contactos, à ficha técnica, publicidade, etc. Ao tentar clicar no que era supostamente o hipertexto para a Ficha Técnica, este não tinha qualquer ligação. Pareceu-me estranho, um site como o da TVI não ter Ficha Técnica. Apesar de não primar pela sobriedade, este é um site que está bastante desenvolvido a nível interactivo/multimédia (com acesso a imagens, vídeos, som).

Comecei a prever que obter as informações de que precisava não seria tarefa fácil como pensava ser.

O 2º passo: telefonar para a TVI. Num telefonema infindável, fui atendida, pelo menos, por quatro pessoas, falei duas vezes com a recepcionista e obti ao fim de 30 minutos um contacto (e-mail) das relações públicas.

Finalmente as coisas pareciam estar bem encaminhadas. Escrevi o e-mail, pedindo para que me mandassem as informações que deveriam estar na Ficha Técnica, explicitando que pretendia informações exclusivamente da edição online.

A resposta demoraria 3 dias. Vendo por este lado nem seria uma má média para os órgãos de comunicação nacionais. Abri o e-mail, felicíssima por ter sido vitoriosa na minha MISSÃO. Infelizmente esqueci-me do ditado popular “não deites foguetes antes da festa”. O e-mail que a assistente das Relações Públicas me mandou, continha apenas contactos e informações acerca da TVI, como redacção televisiva, que até um Editor Religioso tem!

Novamente o telefone seria a via de comunicação mais directa e eficaz para resolver este obstáculo (mais um nesta saga).
Mais uma vez a recepcionista, mais uma vez um senhor desconhecido, e uma senhora e novamente o senhor (a dinâmica dos telefonemas para a TVI é incrível) …
Assim foi, mais 15 minutos e viria a pérola desta saga!
Finalmente o meu telefonema parou de viajar pelas secções da Televisão Independente.

Uma senhora de voz grave e solene atendeu-me (até parece o guião de um filme de suspense). Expliquei-lhe qual era o meu problema e que precisava falar com o Director da edição on-line da TVI. Ela disse-me que não se encontrava presente. Eu perguntei então o nome dele. Nunca acreditei muito bem no que ouvi, mas a resposta foi: “Desculpe, mas é CONFIDENCIAL.” (O director era inacessível! Cada vez mais, isto parecia um filme, agora de terror.) Repeti novamente quais eram as intenções e para que fins eu precisava destas informações. Disse-me então, que eu deveria enviar um e-mail para um determinado endereço, para obter respostas. Assim fiz!

Uma semana de espera… duas… e… NADA!!! A solução estava em procurar o passado da TVI-online. Segundo fontes, quem tinha começado com a edição online, tinha sido Paulo Bastos. Pesquisei e fez-se luz.

Paulo Bastos, que tinha sido até há pouco tempo chefe de redacção da TVI online, despiu a camisola da independência televisiva e vestiu a da Sociedade Independente de Comunicação (SIC). Será que a TVI online anda à deriva? Próximo telefonema seria para a SIC. Para abreviar, Paulo Bastos não se encontrava na SIC e o mais fácil para o contactar seria mesmo via e-mail. Tentei, mas não consegui nada!

Não tinha respostas, só perguntas. Não tinha informações. Não tinha NADA! A análise que era suposto fazer relativamente aos outros sites de comunicação portugueses resume-se a isto, nada!

A saga ficava-se por aqui… Durante mais três semanas não tinha nada e procurava imaginação para poder escrever este texto. Até que decidi novamente enviar um e-mail para as Relações Públicas da TVI. A resposta chegou em cerca de 12 horas. Dizia que nunca tinham recebido qualquer e-mail meu e que responderiam em breve! Fico boquiaberta com o desplante do Grupo Media Capital. Não só os meus e-mails foram enviados como ainda fiz dois telefonemas para Lisboa esperando obter alguma resposta.

Fico à espera então e claro a minha nota também. Porque se durante o período da faculdade isto equivale à minha nota, no futuro isto vai ser o meu emprego e vai pôr em causa o meu trabalho!


Muito obrigada às recepcionistas da TVI e da SIC pela gentileza. Ao Grupo Media Capital, em especial à TVI, quero apenas fazer um reparo: melhorem a vossa intercomunicação empresarial, está na hora de trabalharem como equipa!