28 novembro 2005

Tragédia de Entre-os-Rios na barra dos Tribunais

Quatro técnicos da ex-Junta Autónoma das Estradas e dois funcionários da empresa responsável pela vistoria subaquática à Ponte Hintze Riebiro vão ser levados a julgamento no caso da queda da ponte em Entre-os-Rios.

Em Janeiro, o Tribunal Constitucional aceitou o recurso do Ministério Público e decidiu tirar o processo do arquivo levando seis arguidos, pronunciados hoje pelo Juiz de Instrução do Tribunal de Castelo de Paiva, a julgamento.

O processo veio a arrastar-se até Setembro de 2005 após vários recursos que os advogados dos arguidos interpuseram devido a alegadas irregularidades no acórdão. A decisão do Tribunal de Relação do Porto de levar os seis arguidos a julgamento foi do agrado da Associação de Familiares das Vítimas da Tragédia de Entre-os-Rios, que nunca consideraram os areeiros os principais culpados. Já a Ordem dos Engenheiros sempre reclamou uma justiça célere para manter a reputação dos acusados que não são na sua opinião reponsáveis pelas causas da queda da ponte.

A 4 de Setembro de 2001, 59 pessoas que seguiam num autocarro e em três veículos ligeiros morreram na queda da Ponte de Hintze Ribeiro. Durante quatro anos, muitos foram os avanços e recuos no processo judicial. Hoje foi finalmente decidido que o caso vai a julgamento.

Um ano depois da tragédia de Entre-os-Rios, o investimento na região disparou consideravelmente e Castelo de Paiva tornou-se um estaleiro de obras. As pontes do país foram inspeccionadas e algumas foram mesmo interditas.

Castelo de Paiva é agora uma região mais desenvolvida a nível da educação, saúde e acessibilidades. A Ponte de Hintze Ribeiro foi reconstruída e inaugurada a 4 de Maio de 2002, não tendo circulação automóvel.

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