08 abril 2008

a menina...

Era uma menina. Pequenina e sabichona. Tinha o cabelo tão liso como o vento. Um dia na escola disseram à menina para plantar uma pequena semente de feijão num pedaço de algodão e regasse. A menina adorou, ia ter uma planta só dela, que ia nascer para ela apreciar. Ela dedicou-se muito! Deixou a semente no lugar mais solarengo, protegeu-a do vento forte. E todos os dias a menina, mal entrava em casa, a primeira coisa que fazia era ir ver a sua sementinha. Chegou mesmo a falar com ela.
A semente nunca cresceu. O verde que a menina tanto esperou, vezes sem conta, nunca apareceu e ela não percebia porquê. Tentou a experiência várias vezes e nada!
Até que a menina percebeu que só tinha regado a semente uma vez. Que erro! Como podia não ter pensado nisso? Como podia ter sido tão burra? Repetiu o erro vezes sem conta e não entendeu logo o que tinha acontecido?
Depois de tanta angústia percebeu que não voltaria a cometer os mesmos erros. Pensou até que seria tarde demais para repetir a experiência. Desistiu e não quis mais saber.
Até que um dia… Dedicou-se mais uma vez, com o coração aos pulos, desejoso de finalmente ver o verde que há tanto tempo esperava.
A semente não cresceu e a menina ficou triste mas percebeu. Nem sempre, mesmo sem qualquer adversidade, mesmo sem qualquer erro, é suposto as sementes crescerem. E desistiu… Para sempre!

...tiraram o último pedaço

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