30 setembro 2005

As guitarras tocam,
as pandeiretas soam na noite,
os sinos repicam novamente...
O negro regressou à Invicta...
Há nova vida, nova chama, mas a morte ainda paira...
Algo findou, algo já não vive...
A chama parece que se vai extinguindo aos poucos...
Já nada é o que era e o silêncio paira novamente...
O negro da saudade consome os vultos que se movimentam pela cidade...
Será este o fim?
As guitarras pararam de tocar!
Caminho por este trilho negro, sem saber muito bem onde vai dar...
A minha capa cobre-me, ampara-me, abraça-me
é a ela que eu limpo os meus olhos que formaram um rio
ele leva a saudade, o sofrimento, a angústia e a incerteza...
Prossigo
não caminho sozinha...
O negro de outros vultos acompanha-me
pairando na noite
percorremos o mesmo caminho
temos o mesmo obectivo
somos um só!
A baixa acolhe-nos,
a noite recebe-nos no seu colo.
As lágrimas marcam o nosso diário,
o azul escuro o nosso coração...
Continuemos,
seguiremos na mesma direcção,
na união do negro lá chegaremos,
na saudade depositamos o nosso futuro...
As guitarras voltaram a soar!
Enchem a noite!
Caminhamos
Seguimos em frente...

1 comentário:

j. disse...

as guitarras deram me o negro num abraco embalado na certeza de kiria ter a saudade...hoje o negro e um so...com o azul k nos acolheu, o meu vulto ta a teu lado..e a teu lado ouvira outra vez o som das guitarras que choram baixinho lembrancas desta cidade...